
De acordo com o Ministério da Saúde¹, o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e no mundo, sendo provocado principalmente pela exposição excessiva ao sol. A doença ocorre quando há multiplicação descontrolada das células da pele e pode se manifestar de duas formas: o melanoma, mais raro, tem origem nas células produtoras de melanina e é mais frequente em adultos brancos com mais de 40 anos; e o não melanoma, que representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Devido à alta incidência da doença, é importante manter cuidados com a pele ao longo da vida, especialmente em relação à proteção solar. No artigo a seguir, o Dr. Raul Cartagena Rossi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e consultor médico-científico da TheraSkin®, explica tudo sobre o melanoma.
Melanoma: o que é esta doença
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destaca que, embora o melanoma seja o tipo menos comum de câncer de pele, é o mais agressivo e apresenta o maior índice de mortalidade. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%, o que reforça a importância da vigilância contínua e dos cuidados com a pele.²
O melanoma costuma aparecer como uma pinta ou sinal escuro — em tons acastanhados ou enegrecidos — que pode mudar de cor, formato ou tamanho, além de eventualmente sangrar. A SBD orienta a população a observar a própria pele com regularidade e procurar um dermatologista diante de qualquer lesão suspeita.
Quais são os fatores de risco para desenvolver melanoma
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estes são os principais fatores de risco para desenvolver melanoma:²
- Pele sensível, clara e que se queima com facilidade ao se expor ao sol, especialmente pessoas com fototipos I e II, têm maior risco de desenvolver melanoma.
- Indivíduos negros ou com fototipos mais altos também podem desenvolver a doença, embora com menor frequência.
- Exposição solar intensa e contínua, principalmente nas áreas mais expostas do corpo, aumenta o risco.
- Histórico familiar de melanoma, especialmente em parentes de primeiro grau, é um fator de risco significativo.
- Presença de mutações genéticas associadas ao melanoma avançado.
- Predisposição hereditária, sendo recomendado que familiares de pacientes diagnosticados realizem exames preventivos regulares.
- Diagnóstico tardio aumenta o risco de metástase e diminui as chances de cura, reforçando a importância da detecção precoce.
Apesar do pior prognóstico em comparação a outros cânceres de pele, avanços terapêuticos e genéticos têm melhorado a sobrevida e a qualidade de vida de pacientes com melanoma avançado.
Principais tipos de melanoma
Dentre os principais tipos de melanoma, estão:
Melanoma de disseminação superficial
É o tipo mais comum de melanoma. Representa cerca de 70% dos casos e costuma surgir entre os 30 e 50 anos de idade. Nos homens, aparece mais no tronco (como costas e peito), e nas mulheres, nas pernas.
Ele geralmente se desenvolve sobre uma pinta que a pessoa já tinha e cresce primeiro para os lados (na superfície da pele). Só depois é que pode crescer para dentro da pele e se espalhar para outras partes do corpo, o que costuma acontecer mais tarde.³
Melanoma nodular
Esse tipo de melanoma é o segundo mais comum e representa entre 15% e 30% dos casos. Ele costuma aparecer com mais frequência em homens, especialmente entre os 40 e 60 anos. A doença geralmente se manifesta como uma lesão elevada na pele, que pode ter coloração marrom, preta ou azulada.
Em alguns casos, pode até haver sangramento ou feridas abertas (úlceras). Existe também uma forma mais rara, chamada amelanótica, que apresenta uma superfície avermelhada. Esse tipo de câncer cresce rapidamente em profundidade e pode se espalhar para outras partes do corpo (metástase) logo no início.³
Lentigo maligno
O melanoma do tipo lentigo maligno é um tipo mais raro de câncer de pele, representando cerca de 5% dos casos. Ele costuma aparecer em pessoas idosas e em áreas da pele que ficaram expostas ao sol por muitos anos, como o rosto, as mãos e as pernas.
Esse tipo de melanoma geralmente começa como uma mancha marrom ou preta, com bordas bem definidas, mas irregulares, e pode atingir vários centímetros de tamanho. Em cerca de 90% dos casos, aparece no rosto, e nos outros 10%, em outras partes expostas como mãos e pernas.³
Melanoma acral
O melanoma lentiginoso acral é um tipo de câncer de pele que aparece principalmente nas palmas das mãos, solas dos pés, dedos e também em mucosas, como a da boca ou região genital. Ele é mais comum em pessoas de pele mais escura, representando até 60% dos casos nesse grupo. Pode surgir em homens e mulheres, normalmente por volta dos 70 anos.³
Quando aparece nos dedos, pode se manifestar como uma mancha escura sob a unha, uma faixa escura vertical na unha (melanoníquia), quebra da unha no sentido do comprimento ou ainda como uma inflamação persistente ao redor da unha (paroníquia crônica).
É considerado o tipo de melanoma mais agressivo, ou seja, aquele que mais rapidamente pode se espalhar para outras partes do corpo.³
Melanoma ungueal
O melanoma ungueal, que é um tipo raro de câncer de pele, aparece na região das unhas e muitas vezes demora a ser diagnosticado, porque pode ser confundido com outras condições mais comuns, como manchas causadas por pancadas (hematomas), infecções por fungos nas unhas (onicomicose) ou sinais de nascença (nevo).
Esse atraso no diagnóstico pode piorar o prognóstico, ou seja, dificultar o tratamento e diminuir as chances de cura.4
Melanoma ocular (uveal)
O melanoma ocular, também chamado de melanoma uveal ou de coróide, é o tipo mais comum de câncer que atinge o olho em adultos. Apesar de ser raro, ocorre em cerca de 10 pessoas a cada 1 milhão por ano.
Esse tipo de câncer afeta a parte interna do olho e pode ser confundido com outros tumores na região da órbita (área ao redor do globo ocular), já que apresentam características parecidas quando observados no microscópio.5
Melanoma mucoso
O melanoma mucoso é um tipo raro e agressivo de câncer que se desenvolve nas mucosas do corpo, como o interior do nariz e seios da face. Ele é parecido com um tipo que aparece nas mãos e pés (melanoma lentiginoso acral), mas ocorre dentro dessas regiões mais internas.
Os sintomas mais comuns são sangramentos pelo nariz (epistaxe) e nariz entupido sem causa aparente. Por ser difícil de tratar e com chance de se espalhar para outras áreas, o tratamento ideal nos casos iniciais é a remoção completa do tumor por cirurgia.6
Melanoma amelanótico
O melanoma amelanótico é um tipo de câncer de pele que não apresenta coloração escura, podendo surgir como uma mancha rosada ou da cor da pele, o que dificulta o diagnóstico. Embora não seja uma categoria à parte, pode ocorrer em outros tipos de melanoma, como o de disseminação superficial.
Mesmo sem pigmento, costuma apresentar sinais de alerta, como formato irregular e bordas assimétricas. Mudanças na aparência da lesão devem ser observadas com atenção.7

Quais são os sintomas e características do melanoma
Dr. Raul Cartagena explica que o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele, originado nos melanócitos — as células responsáveis pela pigmentação da pele. Ele pode surgir sobre uma pinta pré-existente ou como uma nova lesão cutânea.
A principal forma de identificação precoce é através da regra do ABCDE, que leva em conta os seguintes critérios: Assimetria, Bordas irregulares, Cor variada, Diâmetro e Evolução (leia no próximo tópico).
Vale ressaltar que o paciente deve sempre procurar um médico dermatologista para confirmar se os sintomas são, de fato, indicativos de câncer de pele.
Mudanças em pintas preexistentes
Segundo o Dr. Raul Cartagena, especialista da TheraSkin®, a melhor forma de identificar precocemente um melanoma é observar as características da lesão na pele por meio da regra do ABCDE — um método que ajuda a reconhecer sinais suspeitos com base em cinco critérios: Assimetria, Borda, Cor, Diâmetro e Evolução.
- A – Assimetria: metade da lesão é diferente da outra.
- B – Bordas irregulares: contornos mal definidos, dentados ou borrados.
- C – Cor variada: presença de várias tonalidades na mesma lesão (preto, marrom, azul, avermelhado ou branco).
- D – Diâmetro: lesões maiores que 6 mm merecem atenção, embora melanomas menores também possam ocorrer.
- E – Evolução: toda mudança na pinta (tamanho, forma, cor, textura ou sintomas) é um sinal de alerta.
Novas lesões pigmentadas
Lesões que surgem do nada, com coloração escura e crescimento progressivo, especialmente em áreas expostas ao sol são características do melanoma.
Outros sintomas
- Coceira: pode ser um sinal de irritação ou crescimento da lesão.
- Dor ou sensibilidade: embora menos comum, dor local pode ser um sintoma tardio.
- Sangramentos ou crostas: pintas que sangram espontaneamente, sem trauma, ou que formam crostas recorrentes.
- Alterações na superfície: áreas elevadas, com aspecto brilhante, áspero ou ulcerado devem ser avaliadas.
O melanoma pode ser benigno?
“Não. O melanoma é, por definição, maligno”, explica Dr. Raul Cartagena. “Existem nevos (pintas) que podem parecer suspeitos, mas são benignos — esses são chamados de nevos displásicos ou atípicos. Somente o exame clínico e, quando necessário, a biópsia, definem o diagnóstico”, complementa.
4 Principais tratamentos contra câncer de pele
O estágio do melanoma e as condições gerais do paciente são alguns dos critérios de escolha do tipo de tratamento contra o câncer de pele.
Somente o médico dermatologista tem condições de avaliar precisamente o tipo de tratamento mais adequado. Confira as possibilidades:
Cirurgia
É o tratamento de escolha para a maioria dos melanomas iniciais. Envolve a remoção completa da lesão com margem de segurança.
Imunoterapia
Reforça o sistema imune do paciente para reconhecer e destruir as células tumorais. Indicada para melanomas avançados ou metastáticos.
Terapia alvo
Atua sobre mutações específicas do tumor (como a mutação BRAF). É uma terapia personalizada, eficaz em pacientes selecionados e em casos mais avançados.
Radioterapia
Menos comum, mas pode ser utilizada como complemento em casos metastáticos ou inoperáveis.
Existe vacina contra melanoma?
Segundo o médico consultor da TheraSkin®, algumas vacinas terapêuticas estão sendo desenvolvidas e testadas — inclusive com resultados promissores em estágios avançados. Elas têm o objetivo de tratar o paciente já diagnosticado, estimulando o sistema imune a combater as células tumorais.
Não se trata de uma vacina preventiva tradicional, mas representa um avanço significativo na oncologia. Ainda não estão disponíveis totalmente.
Cuidados complementares para pacientes com câncer de pele
Os cuidados complementares descritos a seguir não substituem o tratamento médico convencional para o câncer de pele.
Proteção solar rigorosa
Indispensável. Deve-se evitar exposição direta, usar protetores solares com FPS alto (50+), roupas com proteção UV, óculos escuros e chapéus.
Hidratação e limpeza suave da pele
Pacientes em tratamento podem ter a pele mais sensível. Usar sabonetes suaves e cremes hidratantes sem fragrância ajuda a manter a integridade cutânea.
A linha Klaviê® Clinical, da TheraSkin®, tem soluções que promovem a limpeza da pele sem ressecar, como é o caso do Sabonete Syndet Klaviê® Clinical, indicado para o uso em peles secas, sensíveis, sensibilizadas e irritadas.
A tecnologia Syndet indica que ele não possui sabão. Nesse caso, possui substitutos que promovem a limpeza de forma mais suave, com menos chance de alterar a barreira cutânea.
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Já a Loção Hidratante Klaviê® Clinical proporciona uma hidratação profunda para pele seca e sensível durante um período de 24 horas, garantindo excelente hidratação até a próxima aplicação. É indicada para pele seca, sensível ou sensibilizada e atua como restauradora da barreira cutânea, mantendo o pH fisiológico da pele.
Os ingredientes ativos SymRepair® e SymCalmin® conferem ação antipruriginosa e anti-inflamatória, aliviando coceiras e pruridos, e também colaboram com o reparo da barreira cutânea8, 9, 10.
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Gerenciamento do bem-estar
Um estilo de vida saudável contribui para melhores respostas ao tratamento. Alimentação equilibrada, boa hidratação, atividade física leve e manejo do estresse são fundamentais, assim como o suporte psicológico.
Monitoramento contínuo da pele
O acompanhamento dermatológico regular é fundamental para detectar novos sinais ou recidivas precocemente.
Seguir as orientações médicas
Cada caso de melanoma é único. Adesão rigorosa ao plano terapêutico proposto — seja clínico ou cirúrgico — impacta diretamente no prognóstico.
Conclusão
Como apresentamos neste artigo, o melanoma é um tipo grave de câncer de pele, mas com diagnóstico precoce e atenção aos sinais, as chances de cura são altas. Informação, prevenção e acompanhamento médico são as melhores formas de se proteger.
Conte com a TheraSkin® para ajudar a manter a saúde da sua pele e consulte regularmente seu dermatologista.
Referências
- Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-pele. Acesso em 19 jul. 2025
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/ . Acesso em: 19 jul. 2025
- DIMATOS, Dimitri Cardoso et al. Melanoma cutâneo no Brasil. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 38, supl. 01, 2009. Disponível em: https://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/637.pdf. Acesso em: 28 abr. 2025.
- MENDONÇA, Ignez Regina dos Santos Muri et al. Melanoma do aparelho ungueal. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 79, n. 5, p. 589-592, out. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abd/a/sLcLmFGZTDhRPsdGBHbydny/. Acesso em: 28 abr. 2025. https://doi.org/10.1590/S0365-05962004000500008.
- CALABRIA, André Chaves; KEMPFER, Alana Vechiato; OMIZZOLO, Jaqueline Aparecida Erig. Melanomas primários de órbita: uma revisão narrativa da literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 16, e103101623682, 2021. Disponível em: https://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23682. Acesso em: 28 abr. 2025.
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- REQUENA, C.; MANRIQUE, E.; NAGORE, E. El lentigo maligno: actualización y claves en el diagnóstico y el tratamiento. Actas Dermo-Sifiliográficas, España, v. 114, p. 413-424, mar. 2023. Disponível em: https://www.actasdermo.org/es-el-lentigo-maligno-actualizacion-claves-articulo-S0001731023001783. Acesso em: 20 jul. 2025. DOI: 10.1016/j.ad.2023.02.019.
- Monografia linha Klaviê Clinical. data on file.
- Manual do Fornecedor Symrise: SymCalmin®.
- Manual do Fornecedor Symrise: Ceramida BIO/ Symrepair® 100.

