
A pele é o maior órgão do corpo humano e, por isso, está constantemente exposta a agentes externos que podem causar reações adversas. Entre elas, a dermatite é uma das condições inflamatórias mais comuns, seja em pele sensível ou não.
Para esclarecer o que é essa doença, como identificá-la, quais seus principais tipos e como tratá-la, contamos com a orientação do Dr. Raul Cartagena Rossi, médico dermatologista, farmacêutico especialista em farmacologia e interações medicamentosas, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e consultor médico-científico da TheraSkin®.
O que é dermatite e quais são suas causas
Dermatite é um termo genérico que descreve qualquer inflamação da pele. Suas causas são diversas: predisposição genética, contato com substâncias irritantes ou alérgenos, alterações na barreira cutânea e até fatores emocionais. Os principais tipos são dermatite atópica, dermatite de contato, dermatite seborreica e dermatite por estase.
Características visuais da dermatite: identificando os sintomas
Irritação na pele é um dos principais sinais. A dermatite geralmente se manifesta por vermelhidão, coceira, ressecamento, descamação e inchaço.
Casos mais intensos podem apresentar bolhas, fissuras ou crostas. A pele afetada costuma ficar mais sensível, áspera e desconfortável.
Quais são os tipos de dermatite mais comuns
A seguir, apresentamos os principais tipos de dermatite mais comuns, suas características, causas mais frequentes e manifestações clínicas. Confira!
Dermatite atópica
É uma das formas mais comuns de eczema, especialmente na infância, embora também possa surgir na adolescência ou na vida adulta. É uma doença crônica e genética, com pele seca e coceira intensa como sintomas principais.
Afeta áreas como dobras dos braços, atrás dos joelhos, pescoço e, em crianças, o rosto. Pode estar associada a outras condições alérgicas, como asma e rinite (tríade atópica). Fatores como calor, tecidos ásperos, banhos quentes e estresse podem agravar o quadro.¹
Dermatite de contato
É uma inflamação provocada por substâncias que irritam ou causam alergia. Existem dois tipos de dermatite de contato: irritativa e alérgica.²
- Irritativa: é causada por agentes como sabonetes, detergentes e solventes. A reação ocorre na área de contato.²
- Alérgica: depende da sensibilização do sistema imune, podendo levar meses para se manifestar. Pode ser provocada por perfumes, cosméticos, medicamentos tópicos, metais e outros. Algumas substâncias só causam reação sob exposição solar (fotossensibilizantes).²
Dermatite seborreica
É uma inflamação crônica caracterizada por vermelhidão e descamação, especialmente em áreas oleosas como couro cabeludo, sobrancelhas, nariz e orelhas. Pode ser desencadeada por estresse, mudanças climáticas, álcool e oleosidade.
Um fungo chamado Malassezia furfur está frequentemente envolvido. Em bebês, é conhecida como crosta láctea, uma forma de dermatite seborreica inofensiva e temporária, caracterizada por cascas espessas amareladas ou marrons no couro cabeludo.
Pode atingir também pálpebras, orelhas, nariz e virilha. Não é contagiosa, nem causada por falta de higiene ou alergia.³

Dermatite perioral
Surge ao redor da boca, nariz e, em alguns casos, olhos. Afeta principalmente mulheres entre 15 e 45 anos. Está relacionada ao uso inadequado de corticoides tópicos ou inalatórios, alterações hormonais e cosméticos.
Também pode estar associada a má oclusão oral ou alterações na flora cutânea, uso de cremes cosméticos, de maquiagens, de filtros solares, de pastas de dentes fluoradas; da falta de higiene; de mudanças hormonais ou do uso de contraceptivos orais.4
Outros tipos de dermatite
Outros tipos de dermatite incluem a dermatite herpetiforme, que está associada à doença celíaca e se manifesta por lesões bolhosas acompanhadas de coceira intensa;5 a dermatite ocre, relacionada à insuficiência venosa, na qual a pele próxima a feridas adquire uma coloração acastanhada ou arroxeada.6
Já a dermatite esfoliativa (termo que não deve mais ser empregado7), também conhecida como eritrodermia, que é uma inflamação cutânea grave e generalizada, caracterizada por descamação intensa, e pode surgir como consequência de outras doenças dermatológicas ou reações a medicamentos.8
Tratamentos tópicos eficazes para dermatite
Conheça os tratamentos tópicos mais utilizados no controle da dermatite, com foco na redução da inflamação, alívio dos sintomas e restauração da barreira cutânea.
Cuidados essenciais e hidratação
A hidratação é fundamental em todos os tipos de dermatite. “A hidratação regular ajuda a restaurar a barreira cutânea, reduz a perda de água e alivia sintomas como coceira e ardência. O uso de produtos com perfil reparador, como Amilia® Repair, da linha Amilia®, pode ser especialmente útil em áreas sensibilizadas ou lesadas”, explica o Dr. Raul Cartagena.
Sinta na pele o poder restaurador de Amilia® Repair
Outros produtos específicos ajudam a restaurar a barreira da pele e aliviar sintomas como coceira. A linha Klaviê® Clinical da TheraSkin® oferece:
- Sabonete Syndet Klaviê® Clinical: limpa sem agredir.
- Loção Hidratante Klaviê® Clinical®: textura leve, rápida absorção.
- Creme Hidratante Klaviê® Clinical®: hidratação intensiva e alívio do ressecamento.
Garanta o melhor cuidado para sua pele com a linha Klaviê® Clinical
Corticosteroides tópicos
“São pilares no tratamento de dermatites inflamatórias, pois reduzem rapidamente a inflamação, coceira e vermelhidão”, afirma o Dr. Raul Cartagena. Devem ser usados com orientação médica, respeitando a área de aplicação e o tempo de uso, para evitar efeitos colaterais.
Inibidores de calcineurina tópicos
São alternativas eficazes, principalmente para áreas sensíveis como face, dobras e região periocular. Eles têm ação anti-inflamatória sem os efeitos adversos dos corticosteroides a longo prazo.
Podem e devem ser mencionados quando falamos de controle da inflamação em dermatites crônicas.
Antihistamínicos tópicos
Segundo o médico dermatologista da TheraSkin®, Dr. Raul Cartagena, não são os mais recomendados.
“Em geral, preferimos evitar seu uso, pois podem sensibilizar ainda mais a pele. Os anti-histamínicos orais, sim, podem ajudar no controle da coceira, especialmente em dermatites alérgicas, uma excelente opção é o Dicloridrato de Hidroxizina.”
Perguntas frequentes sobre dermatites (FAQ)
Dermatite é contagiosa?
Não. Nenhuma forma de dermatite é contagiosa. Ela não se transmite por contato direto, compartilhamento de objetos ou secreções.
Há diferença entre dermatite e eczema?
Na prática, os termos são frequentemente usados como sinônimos, especialmente em dermatologia clínica, e muitas vezes se referem à mesma coisa.
Como aliviar a coceira?
A coceira pode ser aliviada com medidas simples e eficazes, como:
- Usar cremes hidratantes adequados (ricos em pantenol, glicerina, ceramidas)
- Tomar banhos mornos (nunca quentes) e rápidos
- Fazer compressas frias nas áreas inflamadas
- Evitar roupas sintéticas, ásperas ou de lã
- Reduzir fatores irritantes, como fragrâncias e sabonetes agressivos
- Usar reparadores como o Amilia® Repair, que também ajudam a acalmar e proteger a pele, contribuindo para o alívio da coceira
Dermatite atópica e relação com alergias
Sim. A dermatite atópica faz parte da chamada marcha atópica, que inclui também rinite alérgica e asma, a chamada tríade atópica. Pessoas com dermatite atópica frequentemente têm histórico familiar ou pessoal dessas outras condições alérgicas, pois compartilham alterações imunológicas e de barreira cutânea.
Quais as complicações de dermatites não tratadas
“A pele pode sofrer lesões crônicas, espessamento, fissuras dolorosas, pigmentações residuais e infecções secundárias — principalmente por bactérias como o Staphylococcus aureus. Em crianças, pode afetar o sono e a qualidade de vida. Em adultos, pode interferir no trabalho, autoestima e bem-estar”, explica o Dr. Raul Cartagena.
Quando procurar um médico: sinais de alerta
Procure um dermatologista sempre que houver:
- Lesões persistentes ou recorrentes
- Coceira intensa que interfere no sono ou na rotina
- Presença de secreção, pus ou crostas amareladas (sinal de infecção)
- Envolvimento de grandes áreas ou do rosto
- Falta de resposta aos cuidados básicos
O diagnóstico e tratamento precoces previnem complicações e melhoram a qualidade de vida.
Conclusão
Cuidar da pele é também uma forma de cuidar de si mesmo. Como vimos, a dermatite pode ter diferentes causas e manifestações, mas com o diagnóstico correto e os tratamentos adequados, é possível controlar os sintomas e manter a pele saudável.
Prestar atenção aos sinais do corpo, adotar uma rotina de cuidados e buscar orientação médica sempre que necessário são passos importantes nesse processo. E conte sempre com a TheraSkin® para valorizar sua saúde e seu bem-estar — sua pele agradece!
Referências
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dermatite atópica. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/dermatite-atopica/ . Acesso em: 28 jul. 2025.
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dermatite de contato. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/dermatite-de-contato/ . Acesso em: 28 jul. 2025.
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dermatite seborreica. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/dermatite-seborreica-2/ . Acesso em: 28 jul. 2025.
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dermatite perioral. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/dermatite-perioral/ . Acesso em: 28 jul. 2025.
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Dermatite herpetiforme (Dermatite de Duhring-Brocq). Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/dermatite-herpetiforme-dermatite-de-duhring-brocq/ . Acesso em: 28 jul. 2025.
- ABBADDE, Luciana Patrícia Fernandes; LASTÓRIA, Sidnei. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa. Educação Médica Continuada – EMC. An. Bras. Dermatol., v. 81, n. 6, p. 2006. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.scielo.br/j/abd/a/sKS9Vk77SrYD3LwT6cyjvvz/?format=pdf&lang=pt Acesso em 27 abr 2025. https://doi.org/10.1590/S0365-05962006000600002
- Ruenger, Thomas M. Definição de dermatite. Manual MSD Versão para Profissionais de Saúde (online), rev./corr. jan. 2023. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/dermatite/eritroderma. Acesso em: 28 jul. 2025.
- KONDO, Rogério Nabor; GON, Airton dos Santos; MINELLI, Lorivaldo; MENDES, Mauro Filgueiras; PONTELLO, Rubens. Dermatite esfoliativa: estudo clínico-etiológico de 58 casos. Investigação Clínica, Epidemiológica, Laboratorial e Terapêutica. An. Bras. Dermatol., v. 81, n. 3, p. 233-237, jun. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abd/a/tvzhQTCkjxqQYNWH4zGhJ4f/. Acesso em: 27 abr. 2025.

