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Condição inflamatória crônica da pele que afeta principalmente a região central do rosto, a rosácea ocorre com mais frequência em adultos entre 30 e 50 anos de idade, em sua maioria mulheres, embora atinja também homens, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Neste artigo, vamos explorar o que é rosácea, entender os sintomas mais comuns, apresentar os tratamentos disponíveis e oferecer informações valiosas para os cuidados com a pele do rosto e sua melhor qualidade de vida. Confira!

O que é rosácea?

A rosácea é uma doença de pele comum que causa vermelhidão e vasos sanguíneos visíveis no rosto. É uma condição inflamatória crônica, o que significa que dura muito tempo e pode ter períodos de melhora e piora, deixando a pele sensível.

Algumas pessoas chamam erroneamente de “acne rosácea”, mas não é acne. A acne é um problema das glândulas de óleo da pele, enquanto a rosácea é diferente em suas causas, em quem afeta e em como aparece⁴.

A rosácea afeta principalmente adultos entre 30 e 50 anos. É mais comum em mulheres, mas quando os homens têm, geralmente é mais grave e pode levar ao rinofima, que é o aumento gradual do nariz por causa do espessamento da pele e do aumento dos poros. É raro em pessoas de pele negra⁴.

A rosácea é uma doença autoimune?

A origem da rosácea ainda não é completamente conhecida. O “Consenso sobre tratamento da rosácea”, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), descreve a rosácea como uma doença inflamatória crônica da pele.

Embora haja um componente imunológico envolvido na rosácea e associações com doenças autoimunes tenham sido observadas, a rosácea não é classificada como uma doença autoimune em si, indicando que suas causas ou origens são multifatoriais e ainda não totalmente esclarecidas².

O Consenso foi elaborado por cinco dermatologistas de diferentes regiões do Brasil, especialistas em rosácea, indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Rosácea é contagiosa?

Segundo o “Consenso sobre tratamento da rosácea”, esta é uma doença inflamatória crônica da pele com causas possivelmente multifatoriais, envolvendo anormalidade imunológica, desregulação neurovascular e fatores desencadeantes.

Não há evidências de que a rosácea possa ser transmitida através do contato com outras pessoas².

Quais são os principais sintomas da rosácea?

Segundo a SBD, a rosácea é caracterizada por uma pele sensível e geralmente seca, que fica vermelha facilmente e se irrita com ácidos e produtos dermatológicos. Com o tempo, a vermelhidão pode se tornar permanente, e podem aparecer vasos sanguíneos finos, pápulas e pústulas que lembram a acne, além de inchaços e nódulos⁴.

É comum também ter sintomas nos olhos, como ressecamento e inflamação nas bordas das pálpebras. No início, a vermelhidão é leve e piora com surtos que podem ocorrer espontaneamente ou devido a certos fatores. Esses surtos podem se tornar mais frequentes e até permanentes. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, e as lesões não necessariamente evoluem ¹, ², ⁴.

Alguns dos sintomas típicos são:

  • Flushing facial: períodos de sensação abrupta de vermelhidão e calor na pele;
  • Eritema facial persistente: vermelhidão que tende a ficar permanente;
  • Telangiectasias: dilatação de pequenos vasos sanguíneos visíveis na pele;
  • Pápulas e pústulas: lesões elevadas e pequenas lesões com pus que lembram acne;
  • Possível edema facial; 
  • Rinofima: espessamento irregular e aumento do nariz;
  • Alterações oculares: irritação, ressecamento, blefarite, conjuntivite e ceratite;
  • Ressecamento da pele; 
  • Sensação de irritação na pele com ácidos e produtos dermatológicos.

Quais são as causas da rosácea?

A origem da rosácea ainda não é completamente conhecida e suas causas podem resultar da interação de múltiplos fatores.

Segundo o “Consenso sobre tratamento da rosácea” da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), acredita-se que a rosácea seja causada por uma combinação de fatores, incluindo

predisposição genética, problemas no sistema imunológico e desregulação dos vasos sanguíneos².

Quando a barreira natural da pele está danificada, isso também pode piorar a condição. Acredita-se que o ácaro Demodex folliculorum e a bactéria Bacillus oleronius desempenhem um papel importante na condição. Além disso, fatores psicológicos, como o estresse, também têm uma forte influência².

Fatores desencadeantes comuns

Uma das características da rosácea é a possibilidade de os sinais e sintomas, especialmente o flushing, serem desencadeados por fatores ambientais ou hábitos de vida².

Os mais citados são exposição solar (81%), estresse emocional (79%), clima quente (75%), vento (57%), exercícios físicos intensos (56%), consumo de álcool (52%), banhos quentes (51%), clima frio (46%), alimentos condimentados (45%), umidade (44%), certos produtos para o cuidado da pele (41%), bebidas quentes (36%), certos cosméticos (27%), medicamentos (15%) e condições médicas (15%)².

Estudos posteriores relacionaram o ácaro Demodex folliculorum como um importante fator desencadeante. O calor, o frio e produtos químicos também podem estimular os sintomas².

A ansiedade pode piorar a rosácea?

Sim, a ansiedade está frequentemente associada à rosácea. O estresse emocional e fatores psicológicos, como a ansiedade, são considerados causas comuns que podem piorar os sintomas da rosácea.

O estresse pode afetar os vasos sanguíneos e a imunidade da pele devido à liberação de certas substâncias químicas no corpo².

Quais são as causas da rosácea?

Tipos de rosácea e suas características

Em 2002, a National Rosacea Society (NRS) elaborou uma classificação da rosácea em quatro subtipos, revisados posteriormente, em 2004:

Eritemato-Telangiectásica (Subtipo 1)

Caracteriza-se por vermelhidão no rosto que pode ser temporária ou constante, e por pequenos vasos sanguíneos visíveis na região central da face. Além disso, a pele pode ser sensível e seca².

Pápulo-Pustulosa (Subtipo 2)

Manifesta-se por vermelhidão persistente, acompanhada de pequenas elevações (pápulas) e bolhas de pus (pústulas) na região central do rosto. Cravos (comedões) não são comuns na rosácea e, quando aparecem, podem indicar a presença de acne ao mesmo tempo².

Rosácea Fimatosa (Subtipo 3)

Caracteriza-se por espessamento da pele, superfície irregular e nodular, e aumento do tecido. A forma mais comum é o rinofima, que afeta o nariz. Outras áreas, como a testa, as bochechas e as orelhas, também podem ser afetadas. Essa condição é mais frequente em homens².

Rosácea Ocular (Subtipo 4)

Envolve sinais e sintomas como irritação, ressecamento, sensação de corpo estranho, queimação, pinicação, sensibilidade à luz (fotossensibilidade), inflamação das pálpebras (blefarite), inflamação da conjuntiva (conjuntivite) e inflamação da córnea (ceratite).

Esses sintomas podem ocorrer independentemente das lesões na pele. Telangiectasias (pequenos vasos sanguíneos dilatados próximos da superfície da pele) nas margens das pálpebras são comuns².

É importante saber que a rosácea pode ter diferentes tipos, mudar entre eles ou variar em intensidade. Atualmente, recomenda-se avaliar e tratar a rosácea de forma individualizada, com base nos sintomas específicos de cada pessoa².

Tratamentos eficazes para rosácea no rosto

Existem diversos tratamentos que podem ajudar a controlar e melhorar esses sintomas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para quem sofre com a doença.

Cuidados essenciais

Manejar a rosácea exige cuidados essenciais com a sua pele. É necessário identificar e evitar a exposição a fatores desencadeantes, como exposição solar, estresse, álcool, alimentos picantes, bebidas quentes, mudanças bruscas de temperatura e produtos irritantes².

Inclua na sua rotina:

Limpeza suave da pele

Faça a limpeza uma a duas vezes ao dia com agentes sem sabão ou sabonetes Syndet, como por exemplo o sabonete Syndet Klaviê Clinical®. A linha Klaviê Clinical® está repleta de cuidados especiais para a pele sensível e o sabonete líquido Syndet Klaviê Clinical® é um produto com agentes limpadores suaves que higienizam a pele sem causar irritação.

É indicado para todos os tipos de pele, especialmente seca, sensível e sensibilizada, reduz a coceira rapidamente e não causa alergias. Possui propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas, restaurando e preservando a camada externa da pele.

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Hidratação

Use diariamente hidratantes não gordurosos, com composição semelhante ao fator de hidratação natural da pele.

Procure produtos ricos em ceramidas, ácido hialurônico, glicerina, niacinamida e óleos vegetais. Hidratantes com pigmento verde podem ajudar a mascarar a vermelhidão do eritema.

Proteção solar

Utilize fotoprotetor de amplo espectro com FPS superior a 30 diariamente e de forma contínua. Prefira produtos contendo dimeticone, óxido de zinco ou dióxido de titânio.

Filtros solares coloridos também podem funcionar como corretivos, ajudando a uniformizar a aparência da pele.

Evite cosméticos irritantes

Evite cosméticos à prova d’água, tônicos e adstringentes com álcool, mentol, cânfora, óleo de eucalipto, produtos com laurilsulfato de sódio, fragrâncias fortes, ácidos de frutas e esfoliantes.

Medicamentos tópicos comuns

Segundo a SBD, o tratamento da rosácea começa com o uso de sabonetes adequados, protetor solar com alta proteção contra UVA e UVB, e antimicrobianos tópicos (como metronidazol) e antiparasitários (como ivermectina).

Após essa fase, pode ser necessário o uso de antibióticos orais derivados da tetraciclina (como doxiciclina), sempre com acompanhamento e prescrição médica. Em casos persistentes e recorrentes, utiliza-se isotretinoína oral em dose baixa.

Para o eritema não persistente e periódico, que ocorre em surtos (flushing), há um novo tratamento tópico disponível. O laser ou a luz pulsada são excelentes para tratar telangiectasias.

Para o rinofima, as opções de tratamento incluem cirurgia, radiofrequência, dermoabrasão ou laser. O dermatologista avalia o grau, a fase e o paciente como um todo para indicar o melhor tratamento. É muito importante também a consulta e acompanhamento com um oftalmologista.

A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos e físicos, como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e peelings. Os agentes antimicrobianos são eficazes no tratamento.

Medicamentos orais prescritos

De acordo com o “Consenso sobre tratamento da rosácea”, da SBD, medicamentos orais prescritos são utilizados em casos mais graves ou refratários, isolados ou em combinação com o tratamento tópico. Os principais princípios ativos são:

  • Antibióticos orais, especialmente do grupo das ciclinas (doxiciclina, tetraciclina e minociclina). A doxiciclina (40 mg/dia) tem ação anti-inflamatória bem documentada e é utilizada para formas leves a graves da rosácea papulopustulosa.
  • Isotretinoína oral, utilizada em doses baixas (0,25 – 0,3 mg/kg/dia) off label para casos graves e recorrentes da rosácea papulopustulosa e na rosácea fimatosa. Possui múltiplos mecanismos de ação, incluindo a inibição das glândulas sebáceas e propriedades anti-inflamatórias.

Mas, atenção: é fundamental o acompanhamento médico para a prescrição e monitoramento de medicamentos orais, devido aos seus potenciais efeitos adversos.

Procedimentos a laser e outras tecnologias

O “Consenso sobre tratamento da rosácea”, da SBD, descreve diversas tecnologias eficazes no tratamento da rosácea, especialmente para eritema e telangiectasias:

  • Luz Intensa Pulsada (LIP): indicada para telangiectasias e pode atuar sobre o eritema e lesões inflamatórias.
  • Pulsed Dye Laser (PDL) (585 nm ou 595 nm): eficaz no tratamento do eritema e telangiectasias.
  • Laser ND:YAG de pulso longo (1.064 nm): boa eficácia em telangiectasias mais profundas e maiores.
  • Laser de Potássio-Titanil-Fosfato (KTP) (532 nm): eficaz em telangiectasias pequenas e superficiais.

Outras opções são o laser de alexandrita, laser pro-yellow, Diodo Emissor de Luz (LED), radiofrequência e ultrassom, com diferentes graus de eficácia para os diversos sintomas².

Para o rinofima, podem ser utilizadas cirurgia, laser ablativo, eletrocirurgia, dermoabrasão e radiofrequência³.

Qual o melhor creme para rosácea?

O tratamento para rosácea é personalizado e depende dos sintomas predominantes e do tipo de rosácea. O dermatologista avaliará o quadro clínico de cada paciente para indicar o tratamento tópico mais adequado, que pode incluir metronidazol, ácido azelaico, ivermectina ou agonistas alfa-adrenérgicos³.

Mas você pode contar com a tecnologia da TheraSkin® que tem os melhores produtos para peles sensíveis. É o caso de Amilia® Repair, uma loção prebiótica multifuncional que acalma, hidrata e restaura a pele.

Foi desenvolvida para ajudar no tratamento de todos os tipos de pele, especialmente peles sensíveis, sensibilizadas e/ou irritadas. O produto atua reduzindo a vermelhidão, acalmando a irritação, coceira e sensação de calor da pele mais delicada.

Dessa forma, proporciona alívio imediato dos sintomas, promovendo uma hidratação profunda e mantendo a umidade da pele. Sua fórmula combina niacinamida com bisabolol, que possui propriedades anti-inflamatórias, anti-irritantes e antibacterianas.

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A rosácea tem cura?

Segundo a SBD, a rosácea não tem cura, mas pode ser tratada e controlada, com muitos avanços recentes.

Tudo depende do estágio clínico em que o paciente se encontra, se apresentar mais vermelhidão temporária ou constante, se tiver mais pápulas, nódulos ou rinofima (aumento do nariz).

Todos os fatores agravantes ou desencadeantes devem ser evitados ou controlados, como bebidas alcoólicas, exposição ao sol, vento, frio e consumo de alimentos quentes.

Quando devo procurar um dermatologista?

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda procurar um dermatologista ao surgirem os primeiros sinais e sintomas de rosácea, como vermelhidão persistente no rosto, flushing freq

O dermatologista poderá realizar o diagnóstico correto, identificar os fatores desencadeantes individuais e indicar o tratamento mais adequado para cada caso, além de monitorar a evolução da doença.

Em casos de alterações oculares, o acompanhamento com um oftalmologista também é fundamental.

Conclusão

A rosácea requer um tratamento personalizado, incluindo cuidados especiais com a pele, identificação dos fatores que desencadeiam os sintomas e tratamentos tópicos e/ou sistêmicos.

Como vimos neste artigo, embora não tenha cura, o tratamento adequado pode controlar os sintomas, promover longos períodos de remissão e melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes. Consulte regularmente um dermatologista para lidar bem com a rosácea e conte com o apoio da TheraSkin® para ter uma vida mais saudável.

Referências

  1. HUANG, Yuwei; CHEN, Siliang; LIU, Xu; DU, Dan; JIANG, Xian. Differences in the Clinical Characteristics of Male Patients With Different Ages of Rosacea: A Retrospective Study of 215 Male Outpatients. Journal of Cosmetic Dermatology, v. 24, n. 1, e16620, jan. 2025. Disponível em: https://research.ebsco.com/c/ysdzur/viewer/pdf/5bf5x4ucuz. Acesso em: 11 abr. 2025.
  2. OLIVEIRA, Clivia Maria Moraes de; ALMEIDA, Luiz Mauricio Costa; BONAMIGO, Renan Rangel; LIMA, Carla Wanderley Gayoso de; BAGATIN, Ediléia. Consenso sobre tratamento da rosácea − Sociedade Brasileira de Dermatologia. Anais Brasileiros de Dermatologia. Disponível em: https://www.anaisdedermatologia.org.br/pt-estadisticas-S2666275220303155. Acesso em: 11 abr. 2025.
  3. ROSACEA.ORG. Rosacea.org. National Rosacea Society, 2025. Disponível em: https://www.rosacea.org/. Acesso em: 11 abr. 2025.
  4. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Rosácea. [Rio de Janeiro]: SBD; [data de publicação desconhecida]. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/rosacea/. Acesso em: 11 abr. 2025.

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